(Imagem: W♥I)
Agora estou numa fase meio solitária. Ouço músicas sem que elas façam meu coração bater forte, escrevo sem a necessidade de chorar, leio sem lembrar de você. Vivo por mim mesma, autossuficiente, despreocupada, tranquila, feliz, inteira.
Sim, inteira. Você levou parte de mim, mas o ferimento sarou. Agora resta apenas uma cicatriz, algo que me lembra o que passamos, mas que não machuca. Respirar também voltou a ser algo fácil, sem aquela dor que me assaltava quando eu tentava forçar o ar para dentro de meu organismo. Meu corpo achava que só podia viver com você por perto e se negava a fazê-lo quando você estava distante.
Que coisa tola! Se apaixonar é, sem dúvidas, irracional. Por que eu deveria viver em função de alguém que nem se importa? Graças a Deus, consegui fazer meu cérebro teimoso enxergar isso e tudo parece normal em minha vida.
O verão foi embora e você também. O outono foi bem difícil e achei que o inverno seria pior, mas me enganei. Estou bem. Só eu, um dia frio e nublado, uma pilha de livros e o desejo de ser feliz por nada. Sem obrigações, preocupações, desilusões.
Quem não se acostumaria com isso?
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